sábado, 30 de abril de 2011

Uma estranha característica

Possuo uma característica que vem se acentuando desde a adolescência: ou me amam, ou me odeiam. E quem me ama hoje, por vezes, amanhã, me odiará, e quem antes me odiava, de repente, pode começar a me amar. Não promovo sentimentos amenos nos demais, nem mesmo a indiferença, quando conhecido. Contudo, como tudo, posso ser esquecido ou abandonado, ou, mais contemporâneo, deletado, via de regra, como uma reação intempestiva a algo dito ou não dito por mim. Sendo eu mesmo incapaz de amar ou de odiar, como poderia corresponder seja ao amor seja ao ódio alheio? E de pouco vale afirmar que cultivo os afetos amenos como a amizade, alguns esperam algo que sou incapaz de dar: o monopólio de minhas atenções.

3 comentários:

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  2. Sinto-me um pouco, como você se sente.
    Uns me adoram outros me detestam. E o único compromisso que tenho é em continuar sendo eu mesma o tempo inteiro. Não sou responsável pelos sentimentos que 'causo' nas pessoas.

    Quanto à você, não sinto amor, e também não sinto ódio. Sinto curiosidade, e acho que essa é uma boa razão para uma amizade.

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  3. Folgo em saber que também promovo a curiosidade...

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