segunda-feira, 4 de abril de 2011

Dos encantos do mundo

Por mais encantos que o mundo tenha, e tem, o que é mais saliente são as cagadas humanas, a fedentina que sobressai do caminhar da humanidade, além dos seus cadáveres, que sempre lhe acompanha no seu caminhar histórico, pois que é descartável (mais que as coisas), ou, o que é mais atual, deletável. E não falo apenas do sangue, do sacrifício, da fome, dos desperdícios, da vaidade, da mentira, da ingratidão, da vingança e demais bostas do gênero, falo do coco nosso de cada dia. É de se notar que ainda que seja pouco notado e até estigmatizado, há cagada humana de pólo a pólo, do alto da mais alta montanha até o deserto mais árido, na selva mais fechada, nas savanas mais abertas, nos pântanos, nos montes, nos vales e nas praias; no campo e na cidade nem é preciso mencionar, bosta para todo lado. Pode-se pisar, sem querer, é claro, em merda humana em qualquer lugar do planeta, que carrega não apenas fezes humanas, mas de todas as espécies. A diferença é que os demais animais nem cagam tanto, nem cagam tão fedido, nem podem ter consciência que cagam, e nós continuamos a cagar de forma inconseqüente, porque não temos o mérito de pensar, ainda que se tenha a potência para tanto.

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