domingo, 30 de junho de 2013

Contribuições ao movimento popular


Para não dizerem que não tenho contribuições a serem dadas à imensa onda de insatisfação que rondam as ruas das cidades, eis algumas sugestões de palavras de ordem:

1. Pela cassação imediata dos deputados bandidos: João Paulo Cunha, José Genuíno, Pedro Henry e Valdemar Costa Neto!

2. Contra o Congresso e pelo progresso!

3. Não queremos mudanças de leis, mas de atitudes! Queremos que as leis sejam cumpridas!

4. Pelo fim do horário eleitoral obrigatório!

5. Pelo fim do horário eleitoral gratuito!

6. Contra a tirania do voto! Pelo direito de abstenção!

7. Pelo fim do fundo partidário! Que os políticos gastem o dinheiro deles com suas porcarias!

8. Contra os gastos de cabeleireiro e maquiador da presidenta!

9. Menos gastos com a segurança para as autoridades e mais para a população!

10. Pelo fim de carros oficiais para os políticos!

11. Pelo fim da reeleição em todos os níveis!

12. Que as verbas para o passe livre para estudantes saia da verba do Congresso!

13. Que toda lei aprovada passe por referendo!

14. Pela extinção de 2/3 dos ministérios!

15. Pelo fim dos cargos comissionados!

Eis, portanto, a minha humilde contribuição aos manifestantes.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Pirotecnia e factoides - o governo e seus desserviços


O governo assim como nossos congressistas são cegos e surdos, pena não serem mudos. Preferia a inação dos que as ações propostas e os oportunismos dos políticos, querendo cada um fazer prevalecer suas posições. Fazer um plebiscito é uma asneira tirânica, algo sem pé nem cabeça, apenas querendo aval para se passar posições políticas esdrúxulas e minoritárias. Alguém, senão políticos canalhas, está querendo discutir se o voto deve ser proporcional, distrital ou misto? Alguém está querendo discutir voto em lista fechada ou aberta? Alguém está querendo financiamento público das campanhas, senão os malandros dos políticos, que não satisfeitos em conseguir dinheiro privado, querem ainda roubar os cofres públicos para seus interesses privados? Não! Se for para colocar alguma coisa em plebiscito, por que não perguntam se o povo quer que continue a obrigatoriedade do voto ou que se torne facultativo (muito mais democrático), ou ainda que continue a existir a excrescência do Fundo Partidário (algo que o povo tem que pagar para os interesses privados dos partidos) ou não? Concretamente não temos nada, senão factoides e pirotecnias: o que foi destinado à educação e a saúde é um dinheiro que na melhor das hipóteses só se terá em 2020, e até lá, o que vão fazer? Campanhas eleitorais....... A realidade é que os políticos e governantes não querem atender nenhuma reivindicação; estão apenas preocupados com as eleições. Tornar o crime de corrupção em crime hediondo é conversa para inglês ver, visto que nem ao menos cumprem com a lei já existente, deixando quatro bandidos ganhando (e muito bem!) salários e mordomias no Congresso sem cassá-los. O que está no centro da agenda governamental e do Congresso são as eleições, como farão para continuarem desfrutando das mordomias dos seus postos. E o plebiscito com perguntas que interessam apenas ao PT é tudo que pensam, como se isso fosse resolver nossos problemas. O que menos importa é quem são os políticos, pois os mesmos só agem de acordo com os interesses populares quando a Sociedade Civil faz pressão sobre eles, e isso ocorre seja de que partido for. Só rejeitaram a PEC 37 por pressão popular, pois até então estavam todos propensos a aprová-la. Além disso, supondo que o povo aprove coisas no plebiscito, que garantia teremos que os políticos não desvirtuarão nos seus acordos de canalhas? O que está claro é a incapacidade da classe política de governar ou legislar, e só com muita manifestação se colocará esse país numa direção menos errática.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

A deforma política

A quem interessa a reforma política e de onde surgiu essa questão? Não surgiu das ruas e nem é muito importante para a maioria. Essa questão foi sorrateiramente colocada pelos políticos e pela Dilma, que têm interesse de limitar o surgimento de novas forças políticas, notadamente a Marina e sua Rede. Na realidade essa é uma discussão interna ao Congresso e interessa tão somente aos partidos políticos e seus interesses privados. O povo grita por menos corrupção, mais saúde, mais educação, melhores serviços públicos, por transporte público menos indecente. A bandeira da reforma política não estava em pauta, aliás, o que se gritava é “Fora partidos políticos!”, “Apartidarismo”. E a pressa em querer “resolver” (sic!) essa questão só serve mesmo aos políticos. Ora, ainda que seja necessária uma reforma política, a mesma não pode ser realizada no curto espaço tempo em que estão colocando. Fazer um plebiscito agora é puro populismo, e as perguntas serão direcionadas segundo os interesses dos políticos que estão sendo questionado pelas ruas do país. Enfim, seja lá o que resultar da consulta, o Congresso fará algo pior do que aquilo que hoje já é ruim. Não se pode realizar uma reforma com as pessoas que lá estão para defender seus interesses privados. É preferível continuarmos com as regras já existentes, ao invés de criarmos um monstro pior do que aquele que aí está. Sem dúvida, uma reforma política decente exige um processo constituinte, com a clausula de que os participantes da mesma não possam depois participar do Congresso que daí resultará. Lembremo-nos de Sólon, depois de criar as leis para a democracia ateniense, se retirou da cidade para não o acusarem que criara aquelas leis para se beneficiar, para demonstrar que fizera pelo bem do povo, e não próprio.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Fora deputados bandidos!

Há um grito que ainda não foi dado com a ênfase necessária: fora deputados bandidos! É preciso forçarmos o Congresso a caçar os deputados que foram julgados e condenados pelo Tribunal Superior. Dá-se muita atenção aos executivos municipais, estaduais e federal, e, no entanto, onde se concentra a maior quantidade de malfeitores e bandidos é nos legislativos municipais, estaduais e, principalmente, federal. Esse último repleto de pessoas, público e notoriamente,  desonestas. A grande fedentina nacional, onde toda merda começa e termina, é no Congresso. Se não é possível acabar com toda merda nacional, pelo menos que defenestremos esses bostas que lá estão.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

O grito das ruas

O som difuso e polifônico que vem das ruas pouco tem sido ouvido pelas autoridades. Perplexas, procuram algum culpado antes de entender a mensagem. Entretanto, governantes e políticos querem, agora, depois do berro, “conversar”. Conversar com quem? Não há direção, não há líderes, há apenas uma indignação generalizada contra a prática política dos profissionais da política. O povo não quer conversar sobre as PECs, quer que elas sejam rejeitadas. O povo quer que o Congresso casse os bandidos que estão no seu interior, condenados pela mais alta corte nacional, e que os insensíveis políticos fingem que não é com eles, e protelam o que já deveria ter sido feito. O povo quer que o governo pare de gastar em perfumaria de Estádios suntuosos e comece a aplicar, com o mesmo ímpeto que se gasta nessas obras, na saúde, na educação, na segurança. O povo não quer fazer reuniões, quer que aqueles que ocupam os postos de mandantes tenham soluções, afinal, são pagos para isso, e não continuem apenas com promessas para um futuro distante e que nunca chega. Enfim, o povo está gritando para que os ouvidos surdos dos políticos e governantes escutem, antes de ouvirem seus marqueteiros, o desejo de todos. O povo está querendo que as decisões passem pelo seu referendo, antes de serem aprovadas na calada da noite pelo Congresso. O povo quer menos reuniões (quanto não custará aos cofres públicos essas reuniões que nunca chegam a nada?), menos formação de comitês ou comissões, menos criação de ministérios e secretarias, e que se empenhem em buscar o melhor para todos, e não apenas o melhor para os políticos e seus partidos. O tempo da conversa fiada acabou; o que se espera não é mais discussões estéreis, mas ações concretas. Mas, principalmente, se espera que os políticos não mintam, como a presidente mentiu em seu pronunciamento. O suposto diálogo que não existe já começou errado, ao invés de se assumir a culpa, tenta-se enganar a inteligência coletiva: há muito, muito mesmo, dinheiro público nessa Copa, e negar essa evidência é subestimar a inteligência de todos. O povo sabe que quando os governantes não querem solucionar as coisas, a primeira coisa que se faz é criar uma Comissão de "Alto Nível", e convocar seus pares para reuniões.

domingo, 23 de junho de 2013

PEC - porcaria engendrada pelo Congresso

Naturalmente, tudo que é feito no Congresso visa antes de tudo aos interesses dos congressistas. Os partidos políticos representam apenas os seus interesses escusos, clandestinos, e usam o Congresso para aprovarem benefícios para si próprios. Todas as PEC colocadas em público têm nitidamente interesse dos políticos, nunca da população. É claro que, fossem democráticos ou republicamos saberiam e deveriam colocar todas as PECs para serem referendadas (ou não, o que seria mais provável) pela população, através de plebiscitos. Mas, não, discutem e aprovam na calada da noite essas mudanças constitucionais, quase secretamente, para que poucos saibam do que se trata, e nunca sequer cogitam da necessidade de colocarem a questão para a população decidir, pois sabem que ninguém aprovaria nenhuma das PECs. No entanto, por se tratar de mudança constitucional e eles não foram eleitos para serem constituintes, apenas legisladores ordinários, não extraordinários, deveriam saber que não podem mudar a Constituição sem o aval da população, afinal, nunca foi perguntado se queremos que se mude a as nossas diretrizes; o que se espera deles, e não fazem, é que legislem apenas sobre aquilo que a Constituição não previu, ou que os novos tempos colocam, mas não que mudem a estrutura ou mesmo o espírito dos constituintes. Qualquer mudança constitucional ou se faz através de uma constituinte, ou sendo referendada pela população; qualquer outra mudança é casuística, é legislar em causa própria, como sempre fazem os políticos brasileiros.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Da série pensamentos evacuados

Como o homem é cagão e só faz merda, a alma, se houver, encontra-se no intestino. O cérebro é apenas a forma de expô-la para apreciação e sofrimento público. E o que mais se sente é a fedentina da tolice de suas decisões. E ainda que seja um bosta, pelo menos pouco contribuo com o coco da vida comum. Se não mereço prêmios – quem os merece! – que permitam apenas fazer da merda diária adubo para minhas plantações, ao invés de deixar tanta porcaria desperdiçada.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Movimentos sociais contra a sociedade – a tola luta de todos contra todos


Do fato das reivindicações serem legítimas de boa parte dos Movimentos Sociais, não acarreta que a luta (ou batalha campal) seja justa, pois que os fins não justificam os meios, uma vez que se pode fazer merda pela forma, ainda que o conteúdo não seja uma bosta. Intenções boas nunca foram suficientes para tornar as ações boas, ou legítimas, ou sequer justas. Em primeiro lugar, é de se lembrar de que o direito ao protesto não deve obrigar a todos a ter que escutá-lo, desfrutá-lo, desejá-lo, ou ainda sofrer constrangimentos. Manda as regras da boa convivência e educação, informar quando e onde se fará a manifestação, pois que o mundo não precisa parar só porque algum setor social sente-se injustiçado e muitos têm coisas tão importantes quanto dos protestantes para realizar, senão mais, e pode ser ainda que o protesto seja tolo e irrelevante, ainda que espaçoso e barulhento. Em segundo lugar, a disposição injusta se acha também na alma dos que não possuem, eles não são melhores do que os possuidores e não têm prerrogativa moral, pois em algum momento pensa os conflitos sociais como simples expressão da força relativa de cada grupo, e acreditam que a força faz o direito. Quer porque quer. Reitera, repete, insiste. Não inova, não muda. Não percebe que uma demanda se mostra mais forte quando consegue expressar-se numa linguagem que outros setores da sociedade entendam e possam aceitar. Quando ela é vazada em propósitos que só valem para um grupo relativamente fraco, pelo menos quanto à possível persuasão dos outros, e se torna relativamente aprisionada, convence quem está convencido, persuade os já conversos. Daí sua debilidade discursiva. A força de um discurso está em ele se estender e em lançar velas ao vento, se aventurar no oceano – para inovar é preciso ir além do sofrimento e das supostas injustiças, debatendo como gente grande, fazendo proposições razoáveis. Em terceiro lugar, com falta de tempo para pensar e tranquilidade no pensar, as pessoas não mais ponderam as opiniões divergentes, contentam-se em odiá-las. Com o enorme aceleramento da vida, o espírito e o olhar se acostumam a ver e a julgar parcial ou erradamente, e cada qual se contenta ou se entristece com sua vida. Em quarto lugar, considero uma ofensa à inteligência cada um dos setores ou dos governantes, se colocarem como nossos representantes, como querendo dizer, nem você sabe sua vontade, “Eu” (um movimento social, uma ONG, um político, um artista, um governante, um partido – sempre alguém petulante) sei exatamente o que quer, e o que deve fazer para conseguir, e isso sem nos consultar, aliás, sem nem ao menos quererem saber o que queremos, basta que queiramos igual a eles.
Uns param estradas, outras param ruas, porém todos impedem o direito mais elementar de qualquer pessoa: o direito desses protestantes parece valer mais que os direitos de todos ou pelo menos, da grande maioria. É que tudo aqui é mais ou menos assim, um faz merda, outro recolhe e joga mais à frente, esse, então, joga na frente da casa do vizinho, esse por sua vez joga no bueiro da rua, e aí todos saem perdendo na enchente. Acho tudo tão infantil e tolo, sem criatividade para protestar, pois não visam à busca de uma solidariedade social para fins comuns, mas intimidar autoridades que não querem perder índices de popularidade; querem aparecer e tiranizar a mídia, ocupando os espaços. Não são políticos no sentido forte do termo, de se abrirem ao debate e convencerem ou serem convencidos sobre o melhor a ser feito. Deveriam convencer as pessoas, ou a não usarem transportes públicos, ou a não pagarem pelo uso, ainda que todos sejam presos, pois a desobediência civil ainda que traga sacrifícios pessoais, mostra a vontade inquebrantável de lutar por princípios e causas comuns. Deveriam convencer as pessoas a pararem por sua causa, antes do que ficar obrigando a todos, parados, por vezes, passando até necessidade, a ouvirem suas lamúrias, que todos conhecem e sabem do que se trata, e sabem que nada podem fazer, pois nem os reivindicantes sabem o que fazer, senão bradar palavras de ordem genéricas.
Enfim, a merda é que todos são infantis, quando perdem a autoridade se tornam autoritários, quando perdem em argumentos, acha que tudo foi manipulado; desconfiam das qualidades morais dos demais, ainda que nunca se preocupem de que as possua. A bosta não está apenas na forma como fazem, mas na maior parte das vezes está naquilo que querem e lutam. A imaturidade política do Brasil faz da democracia uma tirania da maioria sobre a minoria, e da república, um reino para os políticos: a sociedade civil é apenas uma multidão dispersa, sem objetivo comum e sem direção certa, seguindo cegamente os momentos confusos que criam para si próprios nas suas relações entre si e com as autoridades. O que mais caracteriza o brasileiro é sua incompetência política, copiando ideias estrangeiras ou práticas para a qual não tem preparo, que resulta em leis confusas e na arbitrariedade de sua interpretação.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Bom, mau, ou nem um nem outro.....

Já me perguntaram se sou uma pessoa boa ou má, ao que respondo que eventualmente sou bom quando possível e mau quando necessário. Mas, geralmente não sou nada disso, pois a maior parte das coisas que faço, se não é a favor do próximo, também não é contra. Enfim, entre a bondade e a maldade há uma variedade tão grande de matizes que seria tolo ou ingênuo querer se prender nesse par de opostos para se definir, opostos que quer mais moralizar as pessoas que compreendê-las. Sei apenas que ninguém consegue ser bom ou mau todo o tempo e em todas as circunstâncias que a vida cria, pois a razão ainda que possa determinar parte das ações, pouco pode sobre a vontade e os sentimentos, que são suscetíveis às inclinações e ao momento sempre movediço.