quinta-feira, 14 de abril de 2011

Outro pesadelo

Essa noite tive outro pesadelo horroroso. Era candidato à presidência e todos iriam votar em mim, pois, merda por merda, acreditavam que pelo menos disso eu entendia até com certa maestria. Nos debates da TV, não só trazia à tona a merda toda, como lhe dava o destino adequado para aqueles que sabem não patinar na bosta. E era adorado pela elite e pela plebe, que acreditavam que tinha o poder do papel higiênico.
Mas, essa era a parte agradável desse pesadelo de proporções diluvianas. Cheguei a ser eleito. Minha ministra da justiça queria por todo mundo na cadeia e colocar cada um na linha; vagabundos aos montes pediam asilo político nas embaixadas e filas quilométricas se espalharam pelo país em todos os consulados. A ministra de higienização com suas essências e doces odores retirava a fedentina de todo lugar e de cada repartição. A limpeza era tanta que poucos ousavam adentrar os prédios públicos sem antes passar por um banho e apresentar a ficha de antecedentes criminais. Já o ministério de assuntos diversos, aquele que levantava a ficha corrida de tudo e todos que aparecem pedindo favores, era para quem, ao não saber o que fazer com um problema, empurrava o trabalho sujo. O ministério de assuntos estratosféricos foi criado para que o povo tenha o que pensar, nem que seja bobagem, porque o vácuo mental é gigantesco, e era responsável pela cultura e diversão. Quanto a mim, do alto do poder, ia assistindo a merda sendo canalizada para o devido caminho, adubando a horta e as frutas. E então o país entra no primeiro mundo, um país onde havia uma privada para cada duas pessoas: eis o mínimo necessário para que todo cidadão possa defecar em paz. O mundo estava tão feliz comigo, que acendeu o sinal de alerta: tem algo errado.... É um pesadelo, que merda, pensei no sonho. E, não deu outra, como todo pesadelo de final infeliz, acordei cagado.
Se Freud explica, não sei, mas até o momento acredito que ainda não sou um caso de polícia. Mas, se por acaso, verem algum santinho de campanha política com a minha feição sombria, internem-me: se não estou louco, perdi o caráter, o que é bem pior.......

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