sábado, 26 de março de 2011

Respondendo ao e-mail de uma amiga

Uma amiga escreveu pedindo que salvasse o domingo de um naufrágio rotundo. Quanta responsabilidade e poder depositou em tão frágeis palavras que possa pronunciar. Tivesse o poder de salvar o domingo do naufrágio das dores pessoais seria alguém. Mas, não! Sou Outro Alguém, uma pessoa impessoal, aquele que não concorda, aquele que vê a porcaria humana da forma mais nojenta, bosta para todo lado.
Verdade, cagar é humano, e que atire a primeira bosta aquele que nunca cagou, mas, convenhamos, o que se vê de cagada por aí não é mole, ou é, se bem que tem da dura e até da pastosa. Olho o congresso e o gosto amargo do vômito vem e volta até a boca: que fedentina! Olho para o comércio entre os homens, e só vejo gente querendo cagar com o outro, pensando que com isso compram um perfume mais refinado. Mas, mesmo na indústria dos perfumes e da moda tem muita merda, ainda que anoréxica, fede tanta como todas demais.
Você poderia me perguntar, se não tem nada, nesta cagada toda, que não esteja revestida dessa substância asquerosa nesse mundo dos homens. Infelizmente, nem o papel higiênico escapa, não derrubaram árvores para fazê-lo? Enfim, viver é mesmo uma merda e a fedentina do mundo não escapa às narinas mais refinadas. Nesse sentido, minha amiga tem todo direito de estar triste. Sou solidário com sua dor, companheira! Deprimidos unidos jamais serão vencidos! Que vá tudo para a merda. Cago, cuspo,  arroto e peido para tudo e todos! Eis o lema do homem moderno.

Um comentário:

  1. Sempre sobra alguma coisa: a sua solidariedade para com a tristeza de sua amiga. Que bosta! Você não conseguiu cagar em seus próprios sentimentos...

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