sexta-feira, 20 de maio de 2011

A respeito de uma suposta misantropia

Não posso negar que algumas vezes aparente carregar um lado misantropo. Mas, mesmo nisso, se for o caso, seria comedido e despojado. É verdade, detesto a multidão e raramente saio de casa quando sei que ocorrerão encontros massivos. Todavia, gosto de encontrar pessoas e conversar. Frequento encontros com amigas e amigos, viajo com eles. Logo, não tenho tanto um ódio à humanidade, mas medo da multidão, que por qualquer motivo se enlouquece e se mata atropelando uns aos outros. O fato de preferir morar só é só porque prefiro, visto que compartilhar o mesmo teto, ainda que pobre e com goteira, far-me-ia sentir em multidão, pois multidão, para mim, é tudo que ultrapassa a mim mesmo. Mas, morar só não é novo nesse mundo, o que é novo, é o crescimento de pessoas que preferem morar só! Viva os solteirões e as solteironas, reis do seu lugar na terra, e ainda que não tenha a quem pedir, também não tem a quem atender! Cada um sabe o seu limite de viver junto ao próximo, até onde e por quanto tempo, consegue manter a convivência sem oprimir o seu espaço vital, que varia de pessoa para pessoa. Além disso, cada um tem uma missão que se impõe, a minha é fazer o menor esforço em tudo e ficar conversando a respeito das merdas da vida, e casamento é uma das coisas mais trabalhosas que existe na vida humana.

Um comentário:

  1. Baseado em que você diz que o casamento é uma das coisas mais trabalhosas que existe na vida humana? Você fez trabalhos de pesquisas sobre o assunto?

    Discordo plenamente de você, senhor solteirão. Acredito que viver sózinho, não deva ser uma das coisas mais fáceis da vida. Ser companhia de si mesma... Imagine?

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