quinta-feira, 25 de abril de 2013

Nomes inapropriados para coisas impróprias

Todas as comissões do Congresso Brasileiro recebem nomes equivocados para o que fazem ou pretendem fazer. E não poderia ser diferente, com deputados e senadores sabidos, antes que sábios, astutos antes que prudentes, defensores de interesses miúdos ou mesquinhos e sem entenderem o que é bem comum, as coisas, as instituições, as leis, assim como os nomes, servem tão somente para esconder intenções pouco honestas. A comissão de ética deveria mais apropriadamente ser denominada de comissão de falta de ética, pois pouco se preocupa com a ética dos deputados e senadores, apenas com aqueles que faltam com ela e são pego na falta, uma vez que um deputado ou senador pode não faltar com a ética (ou melhor, não se ter descoberto a sua desonestidade), mas nem por isso sejam éticos: ainda que não roube, mate ou minta, pode nada fazer para beneficiar o país ou pior ainda, fazer leis para se beneficiar, ou não acabar com leis que o privilegiam em detrimento dos demais. A comissão dos direitos humanos deveria ser chamada de comissão do satanismo após a eleição do seu ilustre presidente. E a comissão de constituição e justiça deveria ser nomeada de comissão de injustiça e de destruição da constituição, que ainda que não seja grande coisa, me parece melhor que nada. Nessa comissão de justiça abrigam-se sorrateiramente deputados bandidos, quadrilheiros condenados no mais alto tribunal da nação, que querem acabar com o poder judiciário, submetê-lo à tirania do Congresso Nacional, e impedir que o tribunal continue condenando os bandidos que se abrigam no seu interior, ou impedir que esses bandidos continuem a manipular leis para satisfazer seus interesses, ou fazer leis contra a constituição. Entre outros motivos pelo qual não saio desse país, é que sinto muita vergonha, na medida em que, como afirmam, o Congresso representa o país, esse país é uma vergonha, e não quero ser confundido com bandido e quadrilheiro.

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