segunda-feira, 6 de junho de 2011

Uma doença internacional

Vivemos dias obscuros. Por todo lado os adoradores da prática primitiva criada pelos bárbaros da Grã-Bretanha, vulgarmente conhecida como futebol, saem pelas ruas e avenidas emporcalhando tudo, após os jogos. Embriagados, puxam os inocentes transeuntes para uma alegria desmedida pelo pequeno acontecimento. Essa prática futebolística consta de um retângulo gramado razoavelmente grande, onde ficam dois grupos de onze indivíduos correndo atrás de uma bola, cada um ocupando metade deste campo, tentando encaixar num retângulo vertical bem menor e com rede em cada extremidade do campo, oposto ao seu campo, ou tentando evitar que o outro consiga tal intento no seu lado do campo. Perto desse local colocam um membro do time para segurar, até mesmo com as mãos, a bola na sua trajetória para o gol. Mas, esses, pelo menos, estão brincando de bola, ainda que de forma bem infantil, disputando a pobre coitada com chutes cruéis contra tão inocente objeto. O pior é ver uma multidão, ora sentada, ora em pé, ora berrando e falando alto, ora calada e hipnotizada, idólatras desvairados a ficar assistindo a brincadeira boba com a bola desses 22 jogadores. E isso passa na televisão, e quase todos ficam vendo essa brincadeira infantil. Então, não há lugar que se vá onde se possa ter algum tipo de conversa civilizada e inteligente: todo assunto gira ao redor dessa prática bárbara. Um pobre coitado, como eu, pode morrer sem ter com quem conversar durante a ocorrência de tais eventos.

2 comentários:

  1. É um esporte como qualquer outro e dos mais antigos.
    Penso que o problema não está na sua forma de constítuição, mas sim na bagagem de emoção que se emprega, uma verdadeira paixão!!
    O fanatismo é que "mata", literalmente falando.
    De resto, se não mata engorda...

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  2. Eu acho que se as pessoas dedicassem para reivindicar seus direitos o mesmo tempo e energia que dedicam ao futebol as coisas seriam diferentes. Como já dizia Nelson Rodrigues, o futebol é o ópio do povo.

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