quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O declínio da era econômica

A era econômica está chegando ao seu triste fim, está com seus dias contados: não só as dívidas das pessoas, das empresas, dos agricultores estão se tornando impagáveis, mas dos próprios Estados. Paradoxalmente, a era econômica foi uma época de dívidas. Estados, instituições, empresas e particulares se endividavam, como se fosse necessário, ou natural, ou inevitável, ou mesmo bem ou bom. Mesmo os enriquecidos, pessoas físicas, jurídicas ou estatais, se endividavam. E todos eram avaliados por sua capacidade de endividamento: o bom sujeito ou o bom cidadão, ou mesmo o bom Estado, era aquele que conseguia crédito na praça; todos valiam o limite de crédito que obtinham no banco. Todos se endividavam para terem coisas, aumentarem o patrimônio (ou a capacidade de endividamento) e os gastos. Não era a falta do necessário que endividava, mas do supérfluo; não era a falta do calçado que gerava o carnê de prestação, mas do tênis de grife, do sapato de marca, do produto de determinada loja. O que virá depois que todos não conseguirem pagar ou receber, quando a crise de pagamento atingir a todos? Os pessimistas provavelmente preverão o caos e a violência, o que já ocorre. Estou entre os otimistas, e prevejo uma vida menos agitada, ansiosa e depressiva, dedicada ao ócio, e nem tanto aos negócios, onde se cultivará mais jardins, ao invés de construir Shopping Center hipotecado, repleto de lojistas e consumidores endividados.

2 comentários:

  1. Para isso que servem os rácios...quem pode paga, quem não pode se enforca nas dívidas...e tem que negociar..rs

    Vai ai um som legal:

    http://www.youtube.com/watch?v=q_ikx_V3Xbo

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  2. Mal posso esperar por esse tempo de mais jardins... Será que esse endividamento, transformará o mundo num lindo Paraíso florido?
    Por favor, não me acordem...

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