terça-feira, 9 de agosto de 2011

Desregulamente a vida

Não! Não se desespere. Não tenha medo. O medo foi adquirido e nos ilude sobre nossos verdadeiros fracassos. Quão mais cômodo é culpar os temores causados pelo existir dos demais. São eles, os demais, os outros, aquilo tudo que não somos, aqueles que acreditamos que tem poder, aqueles que parecem ter algo que não somos capaz de ter, todos eles parecem existir apenas para impedir o nosso sucesso ou ocupar nosso posto social. Que coisa menor e pequena da pobre criança homem, que não consegue desejar algo para si que não seja a cópia de algo que já está aí. Pobre homem que se enriquece sem adquirir valor, pobre humanidade que empobrece ao se enriquecer. Sentiria pena e talvez conseguisse atingir essa coisa meio doentia e perversa que denominam de piedade, se fosse algum tipo de santo ou deus, mas sendo tão somente homem, sinto raiva mesmo, ao ver tantos acorrentados nas coisas passageiras que tem apenas valor de uso e de troca, ou em religiões, que ao libertá-los das responsabilidades, prendem-lhes os gestos espontâneos e tiraniza o desejar, ou ainda em idolatrias que faz parecer que alguém possa valer mais do que qualquer outra pessoa ou mesmo bicho, planta e pedra. Ninguém vale tanto que mereça seja pena, piedade ou uma áurea de superioridade sobre os demais. E para ver tudo isso como digo é necessária a imaginação para a verdade da realidade: basta não mentir, nem inventar trapaças que mudam o sentido, para que, o que antes estava claro, finde duvidoso. Desregulamente o entendimento para entender a regulamentação do destino de todos.

4 comentários:

  1. Temores OASS,nada mais que temores!
    Nada que uma boa dose de autoconfiança não ajude.
    Quanto às amarras e correntes, creio que cada elo vai se soltando com o avançar da idade...é a maturidade.
    Santo remédio!

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir