quinta-feira, 3 de maio de 2012

O homem mau

Há tudo quanto é bosta de pessoa nessa vida, mas os maus são os mais asquerosos e nojentos, cujas cagadas mais fedem e repercutem. Mentem, roubam, matam, prejudicam sem culpa ou arrependimento. Que não sejam tantos desse tipo, o encontro de um é suficiente para perceber a essência de todos do mesmo gênero: é um encosto a sugar nossas energias parcas. O prejuízo do próximo o satisfaz, a desgraça de um oponente alimenta seu orgulho, a derrota de todos agrada seu amor-próprio e o seu narcisismo. E para esses não há cura, quando muito se pode tentar controlá-los ou inibi-los. Há pessoas raivosas da maldade e propõe a morte dos maus, o que discordo, pois não se deve sujar a mão com sangue imundo, e a pena apropriada para tais indivíduos seria o bom e velho ostracismo. Aliás, a morte não se justifica para nenhum dos delitos humanos: o que no fundo distingue os bons dos maus, é que os bons nunca desejam a morte do próximo, enquanto os maus desejam e alguns poucos a praticam, seja porque são indiferentes à justiça, seja porque acham que são a justiça. O fato é que na história, se há registro de heróis, também não faltam de grandes canalhas, de pessoas cruéis, más, pois o ser humano sempre se eterniza pelo que faz, pelo bem ou pelo mal. E ainda que não tenha a ambição de ser lembrado depois de morto, o esquecimento não me incomoda, ainda mais depois de morto, não quero ser lembrado como alguém que cagou com o próximo, seja um, seja vários. No caso, a indiferença dos demais é melhor que o ódio de vários.

Um comentário:

  1. Ensinei aos meus filhos que, se houver no meio da noite, um louco gritando, e perturbando a paz dos que tentam dormir. E que, se alguém, aborrecer-se, e for no meio da rua gritar com o louco, para que este pare de gritar, terão dois loucos no meio da rua gritando!

    Boa semana para você e os seus.

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