Poucos
são aqueles abençoados que nunca tiveram a infelicidade de uma latrina
entupida. Provavelmente, apenas aqueles que nunca tiveram privadas. Esses,
portanto, pouco sabe dos árduos esforços na desobstrução da privada, tentando
com pressão de desentupidores, ou com baldes d’águas deixar toda merda seguir a
frente, sabe-se lá emporcalhando o quê ou onde, pois tudo que se quer é se
livrar da nojeira e da fedentina. Sem dúvida, o intrépido guerreiro que
libertou a todos de ter no banheiro o centro da casa, receberá a eterna
gratidão, pois que poucas coisas restaram aos heróis para ser realizado nos
dias atuais, e libertar das bostas diárias que se acumulam se não consegue seguir
seu rumo “natural”, pela rede de esgoto, pela fossa ou pela ladeira da rua, é o
que se espera dos salvadores, pois senão a vida, que já não é boa, ficará
insuportável. E todos os que já enfrentaram com forças próprias essas coisas
impróprias, sabe do cuidado que se deve tomar, para que o coco não caia para
fora da privada, nem se receba jatos d’águas nojentos e repugnantes sobre si;
nisso, é preciso alguma arte, e aprende-se normalmente da pior forma, errando no
jeito e acertando a si mesmo com as substancias excrementais: há coisas piores,
é verdade, nem ter casa ou sequer uma reles privada. A bosta da vida é que por
pior que esteja o cheiro das coisas, elas podem ficar mais fedidas. A bosta é
que tem muito bosta, principalmente na política, onde a merda é escancarada, e
a fedentina impregna a todos. E para dar uma boa descarga no Congresso,
tentando desobstruir de folgados que entopem seus custos operacionais, e com
leis impróprias, seria recomendável não reconduzir nenhum dos parlamentares. Naturalmente,
não há garantias de que não serão uns merda os novos que virão, mas pelo menos
não continuaremos com os incompetentes dos atuais, todos coniventes com a
impropriedade administrativas dos chefes do senado e da câmara, todos
coniventes com o abuso do poder e do patrimonialismo dos seus presidentes.
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