segunda-feira, 8 de julho de 2013

Quando a descarga não funciona:


Poucos são aqueles abençoados que nunca tiveram a infelicidade de uma latrina entupida. Provavelmente, apenas aqueles que nunca tiveram privadas. Esses, portanto, pouco sabe dos árduos esforços na desobstrução da privada, tentando com pressão de desentupidores, ou com baldes d’águas deixar toda merda seguir a frente, sabe-se lá emporcalhando o quê ou onde, pois tudo que se quer é se livrar da nojeira e da fedentina. Sem dúvida, o intrépido guerreiro que libertou a todos de ter no banheiro o centro da casa, receberá a eterna gratidão, pois que poucas coisas restaram aos heróis para ser realizado nos dias atuais, e libertar das bostas diárias que se acumulam se não consegue seguir seu rumo “natural”, pela rede de esgoto, pela fossa ou pela ladeira da rua, é o que se espera dos salvadores, pois senão a vida, que já não é boa, ficará insuportável. E todos os que já enfrentaram com forças próprias essas coisas impróprias, sabe do cuidado que se deve tomar, para que o coco não caia para fora da privada, nem se receba jatos d’águas nojentos e repugnantes sobre si; nisso, é preciso alguma arte, e aprende-se normalmente da pior forma, errando no jeito e acertando a si mesmo com as substancias excrementais: há coisas piores, é verdade, nem ter casa ou sequer uma reles privada. A bosta da vida é que por pior que esteja o cheiro das coisas, elas podem ficar mais fedidas. A bosta é que tem muito bosta, principalmente na política, onde a merda é escancarada, e a fedentina impregna a todos. E para dar uma boa descarga no Congresso, tentando desobstruir de folgados que entopem seus custos operacionais, e com leis impróprias, seria recomendável não reconduzir nenhum dos parlamentares. Naturalmente, não há garantias de que não serão uns merda os novos que virão, mas pelo menos não continuaremos com os incompetentes dos atuais, todos coniventes com a impropriedade administrativas dos chefes do senado e da câmara, todos coniventes com o abuso do poder e do patrimonialismo dos seus presidentes.

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