quinta-feira, 27 de junho de 2013

A deforma política

A quem interessa a reforma política e de onde surgiu essa questão? Não surgiu das ruas e nem é muito importante para a maioria. Essa questão foi sorrateiramente colocada pelos políticos e pela Dilma, que têm interesse de limitar o surgimento de novas forças políticas, notadamente a Marina e sua Rede. Na realidade essa é uma discussão interna ao Congresso e interessa tão somente aos partidos políticos e seus interesses privados. O povo grita por menos corrupção, mais saúde, mais educação, melhores serviços públicos, por transporte público menos indecente. A bandeira da reforma política não estava em pauta, aliás, o que se gritava é “Fora partidos políticos!”, “Apartidarismo”. E a pressa em querer “resolver” (sic!) essa questão só serve mesmo aos políticos. Ora, ainda que seja necessária uma reforma política, a mesma não pode ser realizada no curto espaço tempo em que estão colocando. Fazer um plebiscito agora é puro populismo, e as perguntas serão direcionadas segundo os interesses dos políticos que estão sendo questionado pelas ruas do país. Enfim, seja lá o que resultar da consulta, o Congresso fará algo pior do que aquilo que hoje já é ruim. Não se pode realizar uma reforma com as pessoas que lá estão para defender seus interesses privados. É preferível continuarmos com as regras já existentes, ao invés de criarmos um monstro pior do que aquele que aí está. Sem dúvida, uma reforma política decente exige um processo constituinte, com a clausula de que os participantes da mesma não possam depois participar do Congresso que daí resultará. Lembremo-nos de Sólon, depois de criar as leis para a democracia ateniense, se retirou da cidade para não o acusarem que criara aquelas leis para se beneficiar, para demonstrar que fizera pelo bem do povo, e não próprio.

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